ORANGE 3 Estreia-se com EP “Semente”

Orange 3

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Os ORANGE 3 disponibilizaram “Semente”, o primeiro EP que documenta ano e meio de actividade. O registo chegou às plataformas digitais no dia 20 de Setembro, e veio acompanhado com três composições que remontam aos primeiros meses da banda: “Manifesto”, “Grito da Revolução” e “Porta“.

Estas faixas funcionam como cápsula do tempo e reflectem uma altura em que o som se revelava mais áspero e menos polido do que aquele que entretanto têm vindo a construir. Fica “Grito da Revolução” em baixo.

O EP “Semente”

A “Semente” que os ORANGE 3 plantam nasce do que vêem à volta. Desafios pessoais, conclusões sobre o mundo, observações do dia-a-dia transformam-se em faixas. O EP assume uma postura interventiva clara: os ORANGE 3 querem provocar reflexão, não apenas agitar. A ideia de semear algo melhor, mais justo, atravessa as três composições.

“Manifesto” e a “Porta” são exemplo do lado mais pessoal e reflectivo, enquanto que em “Grito da Revolta” encontramos algo mais directo: a letra aborda resistência, indignação e luta contra injustiça, representando a voz colectiva que ousa desafiar o status quo.

Este lançamento surge depois da formação ter lançado os singles “Sonhos Lançados”, “Promessas Vazias” e “Supera-te em Mim”, numa estratégia que privilegia lançamentos pontuais em vez de álbuns completos. A lógica assenta na ideia de presença continuada, contrariando os períodos de silêncio que tradicionalmente acompanham a produção de discos longos, e que actualmente já não funciona (salvo raras excepções).

Filipe Vale, vocalista da banda, justifica a opção por não querer seguir o modelo convencional numa entrevista ao Complexo N, publicação periódica sobre cultura alternativa açoriana e que podes ler na integra neste link em baixo.

Sobre os Orange 3

Os ORANGE 3 são compostos por Filipe Vale (Fipos) na voz, David Melo (Mimi) nas guitarras, Alexandre Moniz (Alex) na bateria e Fábio Cerqueira (Fabini) no baixo. O nome do banda remete para a Laranjeira, árvore que simboliza as raízes criativas do projecto: os primeiros ensaios decorreram precisamente nas Laranjeiras, em Ponta Delgada. A ligação ao local onde tudo começou mantém-se presente na identidade da banda, que desenvolve o seu trabalho no Black Orange Studio.

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O futuro dos Orange 3

A insularidade infelizmente traz constrangimentos óbvios: menor visibilidade, audiências limitadas, distância ao continente, mas isso não desmoraliza a banda e os planos não param. Às vezes basta serem poucos e bons a fazerem muito barulho, do que serem muitos e estarem em silêncio.

Para o futuro, os Orange 3 preparam a gravação de um videoclip e pretendem registar três ou quatro temas adicionais num curto espaço de tempo, mantendo o ritmo de produção que escolheram como fio condutor. A expectativa é que o resto de 2025 e 2026 tragam maior presença em palco, sustentada por um catálogo ampliado que lhes permita mais espectáculos, com mais regularidade.

O EP “Semente” funciona assim como marco inicial e ponto de partida, e já se encontra disponível em todas as plataformas digitais do costume. Não percas!

Instagram: @orange3_band | Facebook: @orange3band

Nota: Este artigo foi escrito com base em materiais fornecidos pela Associação Basalto Cultural, Orange 3, e através de consulta à entrevista dada pelos Orange 3 ao Complexo N. A Associação Basalto Cultural e Complexo N são iniciativas que visam promover a música, artes e cultura alternativa dos Açores, e que merecem toda a vossa atenção. Não deixem também de visitar nos links em baixo!

Associação Basalto Cultural: @BasaltoCultural | Complexo N: @complexon.instintocriativo

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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro é o fundador do musica.com.pt. Como músico e produtor conta com mais de 25 anos de experiência no mundo da música, tendo participado em projetos como Peeeedro, Moullinex, MAU, entre outros, e tocando em venues como Lux, Maus Hábitos, Plano B, Culturgest, Glasgow School of Arts, entre muitas outras salas e locais em Portugal e no estrangeiro. Compôs música para teatro (Jorge Fraga, Graeme Pulleyn, Teatro Viriato), dança contemporânea (Romulus Neagu, Peter Michael Dietz, Patrick Murys, Teatro Viriato), TV (RTP2) e várias rádios.