Com a doçura firme que já lhe conhecemos, Milhanas lança “Apagar a Sombra”, um tema inédito que surge como gesto final de um ciclo profundamente íntimo. Não é um anúncio de nova era nem o prenúncio de um próximo disco: é, simplesmente, uma despedida. A canção encerra simbolicamente o percurso iniciado com o seu aclamado álbum de estreia, “De Sombra a Sombra”, editado em 2023 com o selo da Universal Music Portugal. Mais do que uma faixa solta, “Apagar a Sombra” é um fecho de cortina lírico e emocional.
Milhanas explica: “Surge como um gesto final de transição e síntese – uma despedida íntima da escuridão que moldou o primeiro disco. Esta canção é uma purga, um fecho de ciclo. Um mantra, uma catarse, uma travessia de contenção e clareza.”
“Apagar a Sombra”: Um epílogo poético de Milhanas
Depois do lançamento de “Algo Mais”, single que explorou novos caminhos sonoros e conquistou o público e a crítica, Milhanas regressa agora ao universo de onde partiu — mas apenas para o deixar, de forma suave e definitiva. “Apagar a Sombra” não projeta o futuro, mas permite que ele se aproxime. É a canção que apaga a luz de um palco depois de um concerto comovente.
Em palco, Milhanas deu vida a este primeiro disco com concertos esgotados no Centro Cultural de Belém e na Casa da Música, mostrando como a profundidade das suas composições encontra eco junto de uma nova geração de ouvintes que valoriza a palavra, melodia e verdade. A artista encerra agora essa fase, de olhos postos em algo que ainda não revelou, mas que promete continuar a surpreender.
Uma artista que não para de crescer
Nascida em Lisboa em 2001, Carolina Milagre Milhanas é já uma das vozes mais respeitadas da nova música portuguesa. A formação clássica, o percurso eclético e o legado musical do pai (ligado a Fausto) fundem-se numa identidade artística singular, onde o fado, a literatura e a canção de autor se entrelaçam com modernidade e autenticidade.
Em 2023, foi nomeada Artista Revelação nos Prémios PLAY e indicada para Melhor Intérprete no ano seguinte. Também esteve entre os nomeados nos Globos de Ouro nas categorias de Melhor Canção (“Mais que ao Sol”) e Prémio Revelação. O seu percurso teve um dos primeiros grandes marcos no Festival da Canção 2022, com “Corpo de Mulher”, canção escrita por Agir, que lhe valeu um 7.º lugar e um lugar duradouro na memória do público.
Com uma escrita delicada, sempre atenta à força da palavra e à profundidade emocional, Milhanas encerra “De Sombra a Sombra” com a elegância de quem sabe que não há novos começos sem finais honestos. “Apagar a Sombra” é isso mesmo: uma despedida feita por dentro. Uma canção que fecha uma porta sem fazer barulho, mas deixa uma janela aberta à espera da próxima luz. Visita a Milhanas nas suas redes sociais, Instagram e Facebook.
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