No sábado, 12 de julho, o Festival MOSAICO despediu-se de Viseu com mais uma noite cheia de música, calor e diversidade sonora espalhada pelos cinco palcos do centro histórico. Entre artistas consagrados e projetos emergentes, o terceiro dia trouxe uma paleta variada de estilos e emoções, encerrando com chave de ouro esta primeira edição que animou a cidade durante três dias consecutivos. A entrada continuou gratuita e o público voltou a encher as ruas, contribuindo para o ambiente de festival e celebração ao ar livre que se viveu durante estes dias.
Palco Adro da Sé
O palco maior do festival recebeu duas atuações cheias de ritmo e produção. The Black Mamba, com uma energia contagiante, ofereceram um concerto dinâmico, cheio de groove e momentos de interação com o público. A banda percorreu temas dos seus últimos albúns e apresentou também material mais recente, num espetáculo visual e sonoro que fez milhares de pessoas dançar.



Depois de The Black Mamba tivemos Mizzy Miles, que aqueceu a noite com uma seleção de faixas cheias de ritmo e colaborações do universo do hip-hop e R&B. Não foi possível assegurar a cobertura fotográfica desta atuação visto estarmos a cobrir o concerto de The Legendary Tigerman ao mesmo tempo.
Palco da Praça D. Duarte
A Praça D. Duarte voltou a encher-se para receber dois concertos carregados de emoção. Matay foi o primeiro a subir ao palco, oferecendo uma atuação calorosa e envolvente, onde o soul e a música portuguesa se cruzaram com sentimento e uma presença vocal arrebatadora. A adesão do público foi forte, com muitos a saltar e a cantar em uníssono os temas mais conhecidos do artista, que agradeceu visivelmente emocionado.



Mais tarde, Rita Rocha, cada vez mais segura no seu percurso, mostrou maturidade e carisma num concerto intimista e direto, onde apresentou temas do seu álbum 8 ou 80, incluindo os mais recentes lançamentos e também com o tema “Pontos Finais” com que participou no Festival da Canção em 2024. A artista conquistou o público com a sua entrega vocal e naturalidade, confirmando o lugar que tem vindo a conquistar na nova geração da pop portuguesa.



Palco do Mercado 2 de Maio
No Palco do Mercado, a noite começou com a atuação de Noiserv, que trouxe o seu universo particular de loops, instrumentos e emoções. A sua presença serena e o cuidado com cada som criaram uma bolha de concentração e contemplação no meio do frenesim urbano.



De seguida, Irma levou o seu soul-pop a outro patamar, com uma presença doce e poderosa que deixou a audiência rendida. A artista mostrou que é uma das vozes mais cativantes do momento, com canções que falam de amor, cura e identidade.



Palco do Largo de Santa Cristina
O último concerto da noite esteve a cargo de The Legendary Tigerman, que transformou o Largo de Santa Cristina num palco de rock cru, carregado de personalidade e intensidade. Acompanhado da banda completa, o artista levou o público por uma viagem sonora onde o blues, o garage rock e a sensualidade musical se encontraram em forma plena numa atuação forte e cheia de atitude, onde a projeção em palco também ajudou a criar um ambiente mais carregado e envolvente.



Palco da Igreja do Carmo
Neste palco, os concertos começaram com Carne, projeto que mistura performance, experimentação e a intensidade que se espera do rock/hard-rock. Um dos momentos mais crus da noite, numa atuação marcada por atitude e distorção.
Depois foi a vez dos Amaterazu subirem ao palco, com a sua fusão explosiva de metal progressivo, sludge e hard rock psicadélico. Entregaram um concerto enérgico e visceral, que conquistou de imediato o público presente.



Os Bastardos do Cardeal fecharam o palco e trouxeram-nos a sua sonoridade bem punk, com uma atuação forte e solta que animou os presentes. Também aqui não foi possível garantir cobertura fotográfica, devido a sobreposição horária com outros concertos.
Festival Mosaico: Checkpoint Final
O terceiro dia do Festival MOSAICO confirmou que a cidade de Viseu tem espaço, público e energia para acolher um evento desta dimensão. Apesar da coexistência com outros festivais e da agenda concorrida, o público marcou presença em peso, confirmando a sede por cultura e o potencial deste festival.
Ainda assim, os problemas técnicos que se sentiram ao longo do Festival continuaram mais uma vez, a que se juntaram atrasos e alguma dificuldade em percorrer todos os palcos à procura do que estava a acontecer realmente.
A diversidade de propostas e a aposta em artistas nacionais de diferentes estilos, geografias e gerações, resultaram num mosaico sonoro autêntico, com muitos momentos memoráveis para todos os presentes no evento.
No final, o balanço dos três dias é verdadeiramente positivo: o público respondeu ao convite e apareceu em massa, com milhares de pessoas a percorrer as ruas de Viseu, com boa disposição e vontade de celebrar, numa cidade que durante três dias viveu ao ritmo da música. Também várias bandas e projetos locais tiveram o seu espaço, onde puderam mostrar o seu trabalho a todos os que assistiram e tinham curiosidade em conhecer o que se faz musicalmente por Viseu e pela Zona Centro. Com o fechar do festival, esperamos sinceramente que o evento se repita e continue a animar as ruas e população de Viseu e arredores por muitos e longos anos.
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