O Castelo de Leiria volta a receber o ÁGORA, projeto cultural que cruza música, artes performativas e instalações num espaço carregado de história. Este ano, a programação concentra-se num único fim de semana, de 19 a 21 de setembro, prometendo uma experiência mais intensa e imersiva, onde diferentes linguagens artísticas dialogam num dos ícones maiores do património da cidade.
Ágora: Três dias de arte e descoberta em Leiria
Durante três dias, o ÁGORA convida o público a descobrir e redescobrir o Castelo de Leiria a partir de novas perspetivas. A programação multidisciplinar inclui concertos, performances, instalações e propostas que estimulam a reflexão sobre o património material e imaterial, sem perder de vista a ligação ao presente e ao futuro.
Alinhamento do Ágora
Entre os primeiros artistas anunciados está Abdullah Miniawy, poeta e músico egípcio, que apresenta The evens, Rahma, um espetáculo onde instrumentos de sopro expandem o tempo com delicadeza, entre cantos de pássaros e o som etéreo de uma flauta indiana.
Outro destaque é Tó Trips & Fake Latinos, novo projeto do guitarrista dos Dead Combo, acompanhado por Alexandre Frazão, António Quintino e Helena Espvall. O grupo apresenta Dissidente, um disco que reúne músicas, histórias e lugares distintos, unidos por uma abordagem livre e cinematográfica.
A banda Memória de Peixe, conhecida pelos diálogos ao vivo entre jazz e rock e pela arte de transformar loops de guitarra e bateria em composições surpreendentes, leva ao palco o seu mais recente álbum III.
Novas propostas sonoras e performativas
Sheherazaad, artista indo-americana, apresenta Qasr, trabalho visceral onde eletrónica e melodias tradicionais se entrecruzam para contar histórias de amor, exílio e pertença.
Lyra Pramuk oferece um concerto-ritual onde corpo, voz e tecnologia se fundem numa experiência sonora singular, enquanto o duo Joana Guerra & Yaw Tembe constrói uma performance sensorial com violoncelo, trompete e eletrónica, navegando entre improvisação, composição e silêncio.
O percussionista e compositor Pedro Almiro junta-se à programação com um concerto onde ritmo e improvisação se fundem, explorando tanto a vertente acústica como a eletrónica.
Já a criadora Raquel André apresenta Belonging | E di | Pertenencia | Zugehörigkeit | Pertença | 絆, um espetáculo próximo do formato cine-concerto, que cruza música e imagem para refletir sobre o sentimento de pertença e identidade.
Bárbara Paixão e Artur Pispalhas criam especialmente para o ÁGORA a instalação “Povo Pássaro“, uma pedra contra tanques de guerra, um papagaio de papel no ar, apelo à resistência e grito pela existência.
Bilhetes e acesso
Tal como em anos anteriores, o bilhete habitual do Castelo de Leiria garante entrada nas atividades do ÁGORA, sendo a lotação limitada à capacidade de cada espaço. A entrada no castelo é gratuita para residentes no concelho de Leiria, mediante apresentação de comprovativo de morada e identificação. Assim, o ÁGORA reforça o seu compromisso em transformar o Castelo de Leiria num espaço de criação, diálogo e partilha cultural.
O cenário único do Castelo de Leiria
Erguido no topo de uma colina com vista privilegiada sobre a cidade, o Castelo de Leiria é um dos marcos mais emblemáticos do património nacional. Com origens medievais e uma história marcada por batalhas, reis e lendas, este monumento oferece um cenário singular para o ÁGORA. As suas muralhas, torres e pátios tornam-se parte integrante das performances e instalações, criando um diálogo entre a arquitetura centenária e as expressões artísticas contemporâneas.
Aproveita o Momento, Ágora.
O ÁGORA 2025 promete três dias de experiências artísticas singulares, num encontro entre música, artes performativas, instalações artísticas e história de Portugal. Sendo um projeto cultural organizado pela Omnichord, é uma oportunidade única para viver o Castelo de Leiria como palco de criação contemporânea, entre 19 e 21 de setembro, com entrada gratuita para residentes do concelho de Leiria.
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