Vizinhos levam fenómeno alentejano aos Coliseus em 2026

Os Vizinhos anunciam duas datas nos Coliseus do Porto e de Lisboa para novembro de 2026. A banda alentejana concretiza o objetivo traçado desde o primeiro dia: chegar aos palcos mais emblemáticos do país.

David Mendonça, Francisco Cartaxo, Miguel Brites e Tomás Cartaxo documentaram desde dezembro de 2024 a construção dos Vizinhos através de episódios publicados nas redes sociais. O formato funcionou: a audiência acompanhou o nascimento do projeto, a composição das primeiras canções e os ensaios na garagem. Quando “Pôr do Sol” chegou às plataformas em março de 2025, o público já conhecia quem estava por trás da música.

O single de estreia ultrapassou 16 milhões de streams no Spotify e 10 milhões de visualizações no YouTube, conquistando quádrupla platina. “Pobre Ex-Namorado” seguiu o mesmo caminho no verão, alcançando platina rapidamente. Em setembro, “Casar É Para Esquecer” entrou diretamente no top 20 do Spotify Portugal. Três singles, três acertos comerciais consecutivos.

Trajetória acelerada marca primeiro ano dos Vizinhos

A agenda de concertos dos Vizinhos preencheu-se depressa. Festival do Crato, Festival F, Festas do Mar em Cascais, todos com lotação esgotada. O público que começou por seguir a banda nas redes sociais apareceu aos espetáculos, e trouxe mais gente. A idade média nas audiências varia: há adolescentes, mas também adultos na casa dos 40 e 50 anos.

Os quatro músicos conheceram-se em Évora através do grupo académico Seistetos. A proximidade geográfica (moravam perto uns dos outros) e o tempo passado juntos a tocar deram origem ao nome. As canções carregam referências claras ao Alentejo: paisagens, despedidas de quem parte para trabalhar noutras cidades, saudades de casa.

A instrumentação também foge ao habitual no panorama pop nacional. David Mendonça toca acordeão, Francisco Cartaxo traz o bandolim, Miguel Brites segura o baixo e Tomás Cartaxo fica na guitarra. Todos cantam, alternando vozes principais e harmonias. O resultado soa simultaneamente familiar e distinto.

Informação prática: Coliseus Porto e Lisboa

Datas confirmadas:

  • 21 de novembro de 2026 — Coliseu do Porto
  • 28 de novembro de 2026 — Coliseu de Lisboa

Bilhetes: Já disponíveis através dos canais habituais. Existe opção VIP limitada designada “Turismo do Alentejo”, que inclui acesso à plateia em pé, cocktail alentejano após o concerto e encontro com a banda.

Álbum de estreia: Previsto para maio de 2026, antes das datas nos Coliseus.

Vizinhos, poster dos concertos no Coliseu do Porto e de Lisboa.
Vizinhos, poster dos concertos no Coliseu do Porto e de Lisboa.

Os Vizinhos escolheram dois dos palcos com maior carga simbólica no circuito nacional. O Coliseu do Porto (3300 lugares) e o Coliseu de Lisboa (cerca de 4000 lugares) representam uma escala diferente dos recintos onde a banda actuou até agora. Não haverá festivais partilhados nem cartazes divididos — estes serão os primeiros grandes concertos exclusivos do quarteto.

Da garagem ao palco nobre

A velocidade do percurso dos Vizinhos surpreende mesmo quem acompanha música portuguesa há décadas. Cerca de doze meses separam a formação da banda do anúncio de dois Coliseus esgotados (ou prestes a esgotar). Não houve discos de maturação lenta nem anos de circuito underground. A fórmula passou por criar proximidade antes de lançar música, documentar o processo sem filtros excessivos e compor canções que funcionam tanto em estúdio como cantadas em coro.

O álbum que sairá em maio será o primeiro teste de fôlego. Três singles bem-sucedidos provam capacidade de criar momentos isolados. Por agora, os números justificam a ambição: milhões de streams, salas esgotadas, rádios a programar os temas em rotação. A banda alentejana transformou autenticidade regional em apelo nacional, e fez tudo isto parecer bem simples. Não percas!

Instagram: @vizinhos.oficial

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Pedro Ribeiro
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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro é o fundador do musica.com.pt. Como músico e produtor conta com mais de 25 anos de experiência no mundo da música, tendo participado em projetos como Peeeedro, Moullinex, MAU, entre outros, e tocando em venues como Lux, Maus Hábitos, Plano B, Culturgest, Glasgow School of Arts, entre muitas outras salas e locais em Portugal e no estrangeiro. Compôs música para teatro (Jorge Fraga, Graeme Pulleyn, Teatro Viriato), dança contemporânea (Romulus Neagu, Peter Michael Dietz, Patrick Murys, Teatro Viriato), TV (RTP2) e várias rádios.