Os CHOKEPOINT acabam de disponibilizar “Lua Vermelha”, um single que marca uma viragem decisiva na trajetória da banda portuense. O tema saiu a 26 de setembro e promete incendiar tanto os palcos como as playlists das rádios nacionais.
“Lua Vermelha” é um exercício de tensão controlada, onde o peso sonoro convive com texturas etéreas que remetem para o universo dreamcore. A composição explora o desejo, a noite e os territórios intermédios entre luz e sombra. A energia crua do nu-metal cruza-se aqui com melodias envolventes, criando uma experiência sensorial auditiva e visual bastante completa e cinematográfica. Podes ouvir “Lua Vermelha” em baixo.
Luís, vocalista e produtor dos CHOKEPOINT, resume: “Quisemos escrever uma canção de contrastes – luz e escuridão, amor e fuga.”
Pela primeira vez, o projeto abraça o português como língua de expressão, sem renegar a força bruta que lhe granjeou atenção nos últimos anos. Esta aposta no português representa a maturação de uma banda que sempre procurou terreno próprio, longe das modas e das fórmulas gastas. “Lua Vermelha” foi feita para funcionar ao vivo, para ganhar corpo nos concertos, mas também para conquistar espaço nas ondas radiofónicas. Há aqui ambição sonora e vontade de comunicar sem filtros. Cada concerto funciona como ritual, cada tema como manifesto.
Um universo sonoro e visual em expansão
Os CHOKEPOINT são um projeto transmedia, com forte componente visual e auditiva, uma experiência que ultrapassa os limites da música. A estética dreamcore mais cyber que punk, as referências digitais, a narrativa fragmentada em torno de Null e de LoyzEXE: tudo contribui para criar um universo próprio, onde o ruído e a melodia coexistem em tensão permanente.
Este universo alimenta-se de contradições. Há peso e leveza, agressão e ternura, caos e controlo. “Lua Vermelha” espelha essas dualidades. A produção é cuidada, mas nunca asséptica. As guitarras cortam, a bateria pulsa, a voz de Luís oscila entre sussurro e grito. Tudo isso envolto numa atmosfera que remete para paisagens oníricas, para espaços intermédios entre o real e o imaginado.
A opção pelo português neste single reforça a ligação com o público nacional, sem perder a ambição de chegar mais longe. O idioma funciona aqui como ferramenta de intimidade, permitindo que as letras ganhem imediatismo e impacto emocional.

Da génese industrial aos palcos que importam
A história dos CHOKEPOINT começa em 2022, nas periferias industriais do Porto, ainda sob o nome Sleep Therapy. Loyz (voz e produção) e Marco Silva (bateria) fundaram o núcleo original, ao qual se juntaram Diogo Faria (guitarra), 404errorloading (lead) e Rabbit (baixo). Juntos, desenharam um som híbrido que bebe do nu-metal, do shoegaze e de certas contaminações pop digitais.
O álbum de estreia, “nothing, nowhere.”, ultrapassou as 100.000 reproduções e colocou a banda no mapa do rock alternativo nacional. O reconhecimento não tardou e os CHOKEPOINT começaram a receber convites para festivais como Aqui ao Lado (Sintra) e Laurus Nobilis (Famalicão). Passaram por salas de referência como o Maus Hábitos, o Plano B e o Tokyo Lisboa, sempre com a energia nervosa que os define.

A metamorfose: de Sleep Therapy a CHOKEPOINT
Mas algo mudou. Sleep Therapy foi encerrado. No seu lugar, emergiu CHOKEPOINT, um projeto reformulado que amplia os horizontes sonoros e visuais da banda. Esta transformação reflete uma vontade de explorar novas linguagens, de mergulhar mais fundo na vulnerabilidade e na intensidade emocional.
No centro desta mudança está Null, figura enigmática e mascarada que ocupa o palco sem pronunciar palavra. Há quem diga que Null sobreviveu a um colapso psíquico e nunca mais recuperou a fala. Outros acreditam tratar-se de uma projeção, um glitch digital criado por LoyzEXE, o mentor por trás da produção. Seja como for, a presença de Null traz uma camada extra de mistério e teatralidade às atuações ao vivo.

O que esperar dos CHOKEPOINT daqui para a frente
“Lua Vermelha” é apenas o começo desta nova fase. A banda promete continuar a explorar o português em futuros lançamentos, sempre com a assinatura sonora que a distingue: intensidade, melodia e uma dose generosa de experimentação. Os concertos vão ganhar nova dimensão com a presença de Null e com os elementos visuais que fazem parte integrante da experiência CHOKEPOINT.
Para quem acompanha o rock alternativo nacional, os CHOKEPOINT representam uma lufada de ar fresco bem necessária. Não copiam modelos importados, não seguem receitas. Constroem o próprio caminho, passo a passo, tema a tema. “Lua Vermelha” prova que a banda tem músculo para se afirmar como uma das vozes mais relevantes do género em Portugal.
O single está disponível nas plataformas digitais e merece ser ouvido sem pressa, com atenção aos detalhes e às camadas que se vão revelando. É música que pede volume alto e imersão total.
Site Oficial: chokepoint.pt | Instagram: @chokepointpt | Facebook: @chokepointpt
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