Falta menos de dez dias para o regresso do Festival Mêda+, que celebra a sua 11.ª edição entre os dias 24 e 26 de julho, com um warm-up especial marcado para o dia 23. Com entrada e campismo gratuitos, o evento afirma-se como uma referência de acesso democrático à cultura. Promovido por uma associação juvenil sem fins lucrativos, o Mêda+ é um espaço de celebração da música nacional, da comunidade e identidade local.
Ao longo de quatro dias e três palcos: Pé em Triste, Mercado e Meda+, o festival Mêda+ apresenta um cartaz que cruza novas vozes e nomes consagrados, numa programação eclética que vai do hip-hop à canção popular, passando pelo jazz, pelo pós-punk e pela electrónica. Em destaque estão artistas como Capicua, Emmy Curl, Bia Maria, Vitoria Vermelho, Amaura e Them Flying Monkeys, entre outros nomes da nova música portuguesa.
Segundo André Pereira, da organização, essa aposta tem sido uma das marcas distintivas do festival: “O desafio financeiro passa desde logo pela eliminação de uma fonte de receita à partida, mas abre portas a várias parcerias que, com um sistema de bilhética, eventualmente não aconteceriam. Com os valores que estamos a trabalhar, sentimos que o propósito que nos distingue desde 2010 é muito importante de preservar.”
O festival arranca com um warm-up na noite de 23 de julho. A partir das 21h30, o palco Mercado recebe a Orquestra de Formação de Mêda, seguindo-se Vitoria Vermelho às 23h.
Festival Mêda+ 2025: Três palcos, dezenas de concertos
Para a organização do festival, a seleção do cartaz resulta de “um trabalho constante de dar a mesma atenção a artistas consagrados no panorama alternativo e a novos projetos que vão surgindo. A música portuguesa está numa ótima fase, o que facilita muito o nosso trabalho e, ao mesmo tempo, dificulta a decisão.”
No dia 24, o palco Pé em Triste acolhe Evaya (17h30) e 800 Gondomar (19h). O palco Mercado recebe Carlos Raposo (20h15) e Romeu Bairos (21h15), antes de a noite avançar para o palco Meda+ com Emmy Curl (22h30), Humana Taranja (23h45) e MAQUINA. (01h00). Félix Gambino encerra com um DJ set no palco Mercado às 02h30.
A 25 de julho, o palco Pé em Triste apresenta Tyroliro (17h30) e Girls96 (19h). O palco Mercado recebe Caio (20h15) e Rossana (21h15). Já no palco Meda+, a noite começa com Manga Limão (22h30), segue com Bombazine (23h45) e culmina com Them Flying Monkeys (01h00). O DJ set de Ohxala (02h30) encerra mais uma jornada de festa.
No dia 26, último dia do festival Mêda+, o palco Pé em Triste recebe Anti-Medo (17h30) e Conferência Inferno (19h). O palco Mercado apresenta Marlow Diggs (20h15) e uma colaboração especial entre Bia Maria e a Academia Sénior de Mêda (21h15). A noite no palco Meda+ conta com Amaura (22h30), Quadra (23h45) e Capicua (01h00). Mike El Nite assume o encerramento com um DJ set às 02h30, no palco Mercado.
Uma das atuações mais simbólicas será a colaboração entre Bia Maria e a Academia Sénior de Mêda, que, segundo André Pereira, “assume uma importância especial porque reforça várias características que tentamos promover no território e que têm sido fundamentais na simbiose entre o Mêda+ e toda a comunidade.”
Cartaz Festival Mêda+ 2025
Organizado por dias, palcos e horários
23 de julho (Warm-up)
Palco Mercado
- 21h30 – Orquestra de Formação de Mêda
- 23h00 – Vitoria Vermelho
24 de julho
Palco Pé em Triste
- 17h30 – Evaya
- 19h00 – 800 Gondomar
Palco Mercado
- 20h15 – Carlos Raposo
- 21h15 – Romeu Bairos
- 02h30 – Félix Gambino (DJ set)
Palco Meda+
- 22h30 – Emmy Curl
- 23h45 – Humana Taranja
- 01h00 – MAQUINA.
25 de julho
Palco Pé em Triste
- 17h30 – Tyroliro
- 19h00 – Girls96
Palco Mercado
- 20h15 – Caio
- 21h15 – Rossana
- 02h30 – Ohxala (DJ set)
Palco Meda+
- 22h30 – Manga Limão
- 23h45 – Bombazine
- 01h00 – Them Flying Monkeys
26 de julho
Palco Pé em Triste
- 17h30 – Anti-Medo
- 19h00 – Conferência Inferno
Palco Mercado
- 20h15 – Marlow Digs
- 21h15 – Bia Maria & Academia Sénior de Mêda
- 02h30 – Mike El Nite (DJ set)
Palco Meda+
- 22h30 – Amaura
- 23h45 – Quadra
- 01h00 – Capicua
Artes plásticas, vinhos e oficinas para descobrir
Além da música, o festival Mêda+ reforça a sua componente cultural com diversas atividades que fortalecem a ligação ao território. As manhãs e inícios de tarde trazem oficinas de cerâmica, olaria com roda de oleiro, pintura, fotografia e aguarela, a decorrer na Nave de Exposições da Mêda. São momentos de criação e partilha, pensados também para proteger o público do calor intenso do verão no interior.
“É um local confortável para desfrutar das atividades promovidas durante as tardes, abrigados dos infernais 40° que se fazem sentir”, sublinha André Pereira, da organização. “A ideia surge da necessidade de incluir na programação diária uma alternativa à piscina municipal. Este ano, com a maior Metamorfose que o evento recebeu, esse apetite aguçou-se ainda mais”.
O festival inclui ainda provas de vinhos comentadas por produtores locais, num gesto claro de valorização do património vínico e gastronómico da região.
Um festival livre, plural e enraizado
Depois de 11 edições, a identidade do festival consolidou-se no circuito nacional: “Quando o festival foi interrompido em 2018, recebemos muitas manifestações de várias formas. Tivemos a noção de que o Mêda+ tinha ultrapassado largamente as expectativas iniciais de 2010 e chegado a públicos de todas as idades”, refere André Pereira, acrescentando que, “Não temos expectativas de crescer muito sem outro tipo de apoios. O objetivo passa por manter a identidade do festival, mas fazê-lo com mais tranquilidade financeira e poder aumentar a qualidade a vários níveis, sem devaneios.”
Com espírito comunitário, missão cultural e paixão pela música, o Festival Mêda+ volta a afirmar-se como uma proposta singular no panorama nacional. A entrada é livre, o campismo é gratuito e a programação aposta na diversidade e na qualidade. Toda a informação está disponível nas redes sociais e no site oficial do festival.
Lêr Mais:
- Festival Mêda+ 2025 revela cartaz completo com destaque para Capicua
- Festival Mêda+ anuncia primeiros nomes para a edição de 2025
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