Com apenas 23 anos, Martim Taborda estreia-se em nome próprio com Verde, um álbum delicado, íntimo e cheio de balanço, já disponível em todas as plataformas digitais. Editado a 5 de julho, o disco reúne dez canções originais onde se cruzam a canção portuguesa, a música popular brasileira e o jazz contemporâneo, tudo com uma escrita marcada pela ternura e pela observação do dia a dia.
Com raízes em Oeiras e formação autodidata, Martim Taborda começou a explorar a guitarra aos 14 anos. A descoberta da bossa nova funcionou como uma porta de entrada para um universo harmónico e rítmico mais amplo, que aqui ganha forma numa linguagem autoral muito própria. Verde é o reflexo desse caminho — um disco que se ouve como quem atravessa um jardim de sons e memórias.

Martim Taborda escreve canções que crescem e respiram
Produzido em colaboração com Jason Baretto, Verde foi gravado, misturado e masterizado no MNK Studio, contando com participações de Aarti Venkat, Josh Das, Tymon Trąbczyński, Eion Grace e uma secção de cordas dirigida por Stefano Tiero. Martim assume a voz, guitarra, baixo, trompete e parte dos arranjos. A masterização final ficou a cargo de Miltiadis Kyvernitis.
Ao longo do disco, ouvimos temas que transitam entre o improviso e a contemplação, entre o calor da memória e a leveza da descoberta. Há saudade e humor, desencontros e pequenas epifanias quotidianas. A cidade de Lisboa surge como pano de fundo, mas nunca se impõe — é cenário de uma escrita que se aproxima por vezes da crónica urbana, por outras da poesia quase falada.
“Brisa Coisa Breve”: um single leve, como o nome promete
Como porta de entrada para o universo do álbum, o single “Brisa Coisa Breve” resume o espírito de Verde: uma canção que valoriza os gestos pequenos, os momentos partilhados, o humor cúmplice e a intimidade sem pressa. Com versos que oscilam entre o coloquial e o lírico, “O que eu quero mesmo, mesmo / É ir na 5ª e voltar na 4ª / E irmos por aí, perdidos / E mais o raio que o parta”, Martim propõe um modo de vida que valoriza o tempo, a liberdade e o acaso.
Verde não procura provar nada. Cresce devagar, como um jardim resistente entre as brechas do cimento. É um gesto inaugural cheio de verdade, onde a música floresce com tempo, cuidado e beleza. O disco já se encontra disponível em todas as plataformas digitais e não te esqueças de seguir o Martim Taborda no seu Instagram!

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