Fabricantes de automóveis, como Ford, BMW e Tesla, estão planejando remover os rádios AM/FM de seus novos modelos.
Essa decisão foi influenciada pelo declínio da base de consumidores dessa mídia e por interferências no sinal causadas pelos motores elétricos. BMW, Mazda, Polestar, Rivian, Tesla, Volkswagen e Volvo já removeram a funcionalidade de áudio de seus veículos elétricos, enquanto a Ford pretende estender essa mudança tanto para modelos elétricos quanto para os movidos a gasolina. No entanto, Nissan, Toyota e Honda se mantêm firmes contra a remoção forçada dessa frequência.
Para bloquear essa decisão das montadoras, legisladores nos EUA elaboraram um projeto de lei. O projeto propõe que a Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês) emita regulamentos exigindo a presença do rádio AM em novos veículos sem custo adicional. Os defensores desse projeto argumentam que a eliminação do rádio AM/FM prejudica o sistema federal de entrega de informações de segurança pública para o público em geral.
Embora as montadoras justifiquem a remoção com base na diminuição do uso do rádio AM, a Associação Nacional de Radiodifusores estima que cerca de 82 milhões de pessoas nos EUA ainda sintonizam estações AM mensalmente. No Reino Unido, os números mostram que o consumo de rádio via AM/FM aumentou ligeiramente recentemente, passando de 34,2% para 35,6%.
Apesar dos argumentos contrários, as fabricantes de automóveis defendem sua decisão, afirmando que não é necessário tornar obrigatório o rádio AM em todos os veículos, e que estão empenhadas em garantir que os motoristas tenham acesso a alertas e avisos de segurança pública, independentemente da remoção do rádio AM/FM. Essa controvérsia continua a ser discutida entre as partes envolvidas, enquanto os consumidores aguardam para ver como essa mudança afetará seus futuros carros.